A Importância da Análise de Capital para Investimentos em Projetos de Inovação

A Importância da Análise de Capital para Investimentos em Projetos de Inovação

Nas organizações quando se fala em inovação a primeira pergunta é quanto vai custar. Não é novidade que o capital custa para empresa, e que muitas vezes ele é o grande empecilho para inovação. Seja ele de propriedade dos sócios, ou de terceiros que ofertaram financiamentos, acionistas, sócios passivos, etc.

A estipulação do valor deste capital é fundamental para a previsão da viabilidade de novos projetos a serem adotados pela empresa. O importante, é que não se trata, na grande maioria das vezes, de escolhas mutuamente excludentes, onde a escolha pelo capital de uma origem implica na não utilização da outra fonte. Normalmente, os projetos realizados por grandes empresas utiliza de ambos os capitais, dadas as proporções equivalentes aos seus custos.

A adoção do capital mais barato implica diretamente na facilidade que a empresa irá encontrar para reverter o projeto em lucro, pois estará utilizando de uma fonte menos onerosa para se financiar. Ocorre que, ao passo de que o capital de terceiros é mais facilmente estipulado, algumas empresas podem encontrar mais dificuldade em descobrir o real custo do seu capital próprio.

Por capital próprio, entende-se como o conjunto de valores dos recursos dos sócios e acionistas da empresa. Este “custo” consiste na rentabilidade mínima que os sócios esperam obter como forma de remuneração pela utilização de seu capital dentro das atividades da empresa. Esta taxa pode variar entre sócios, já que estes podem requerer retornos distintos pelo investimento na atividade da empresa.

Normalmente, o valor mínimo para o retorno esperado dos sócios se encontra atrelado à taxa Selic, de modo que esta é a remuneração mais comumente obtida nas aplicações financeiras de mais baixo risco. O resultado desta relação irá culminar em uma porcentagem, sendo esse o retorno mínimo que o projeto deverá proporcionar aos sócios.

Têm-se então, a relação Kp= d/Cp, onde “Kp” é o custo do capital próprio, variável a ser determinada, “d” é o retorno desejado pelos sócios e “Cp” é o valor total do capital social empregado no projeto.

Sendo assim, de modo simplificado, um sócio que exija um retorno de $6 para cara 100$ aplicados no projeto, estará cobrando um retorno para seu capital de 0,06 do valor total, ou 6% de retorno. O projeto selecionado, então, deverá apresentar, no mínimo, o retorno de 6% para ser aplicável.

Cumpre afirmar que a análise deste custo, na maioria das vezes é fator indispensável para a decisão de investir ou não em projetos de inovação. Inúmeros projetos são adotados diariamente por micro, pequenas e médias empresas sem que a rentabilidade desejada pelos sócios seja levada em consideração. Desta forma, quando uma empresa adota uma ação que não trará retorno, ela estará, na realidade, queimando seus recursos, desgastando-se financeiramente, comprometendo gravemente sua saúde.

O custo do capital próprio deve ser utilizado como o parâmetro mínimo do retorno que a empresa deverá obter em razão de suas atuações. Um conceito objetivo que permita a avaliação da efetividade da empresa é indispensável para seu sucesso, já que, caso contrário, correrá o risco de estar despejando dinheiro em suas ações sem que haja um retorno efetivo.

Escrito por:  Rafael Paraguassú

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